
Contexto e situação atual das equipes
O Villa Park recebe, neste 25 de setembro de 2025, o Bologna em um confronto que pode mudar a narrativa de duas campanhas em crise. O Aston Villa vive seu pior início na Premier League desde 1997‑1998, com 0 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, ocupando a 18ª posição. O único gol marcado nas primeiras cinco rodadas chegou muito tarde e a falta de clareza ofensiva tem sido o calcanhar de Aquiles da equipe. O último empate contra o Sunderland, jogado com um jogador a menos, forçou o técnico Unai Emery a criticar publicamente alguns de seus titulares, gerando clima de tensão no vestiário.
Do lado italiano, o Bologna tenta superar um verão decepcionante. Depois de cair na fase de grupos da Champions League na temporada passada, o time encara a Serie A com resultados alternados – vitória, derrota, vitória e derrota nos primeiros quatro jogos – mostrando pouca consistência. O treinador Vincenzo Italiano tem buscado uma identidade tática que combine disciplina defensiva e criatividade nos contra‑ataques, mas ainda não encontrou o ponto de equilíbrio.
Historicamente, a última temporada terminou de forma favorável para o Villa: uma vitória convincente por 2 a 0 em casa, com gols de John McGinn e Jhon Durán, selou a primeira derrota consecutiva do Bologna em competições europeias fora da Itália. Essa sequência de quatro derrotas seguidas contra times de fora permanece inédita para o clube italiano. Além disso, o Bologna tem um histórico ruim contra equipes inglesas, sem vitórias nos últimos cinco confrontos desde 1967.

Análise tática e previsões
Em termos de esquema, Unai Emery costuma organizar o Villa em um 4‑3‑3, privilegiando a posse de bola e pressão alta quando tem a vantagem domínica. O treinador espanhol já conquistou quatro títulos da Europa League – mais que qualquer outro técnico – e tem o hábito de adaptar a postura de jogo conforme a necessidade. Nesta partida, a provável formação coloca Jack Grealish como referência ofensiva, apoiado por unhas alas rápidas (Douglas Luiz e Jacob Ramsey) e um meio‑campo robusto (Bernd Leno, porém imagino que a referência seja John McGinn).
Vincenzo Italiano, por sua vez, alterna entre 4‑2‑3‑1 e 4‑4‑2, ajustando o bloqueio defensivo para neutralizar os ataques laterais de Grealish. Jogadores como Jonathan Rowe, que brilhou nos amistosos contra o Marseille, podem ser a principal arma de surpresa no flanco esquerdo, criando sobrecargas contra a linha de fundo do Villa. O centroavante Riccardo Orsolini tem chance de fechar as jogadas, mas precisa de apoio dos meios‑campistas para enfrentar a forte pressão no meio‑campo.
As estatísticas de mercado dão vantagem ao Villa, com odds de -125 para vitória em casa. Simulações do supercomputador da Opta apontam 60,8% de chance para a vitória dos locais, 20,6% para empate e apenas 18,6% para o Bologna. São números que refletem o fator casa, mas também a diferença de qualidade do elenco. Analistas apostam em um placar baixo – 1 a 0 – com o Villa mantendo a rede inviolada, um padrão típico dos jogos de Emery na Europa, que prioriza a solidez defensiva.
Na prática, a expectativa é que o primeiro tempo seja marcado por poucas oportunidades claras, com o Bologna tentando explorar os espaços deixados pelos laterais do Villa. O segundo tempo deve se tornar mais aberto, à medida que Emery pode introduzir alterações ofensivas para buscar o gol decisivo. Se o Villa conseguir impor seu ritmo e encontrar brechas na defesa italiana, a margem de vitória pode ser mínima, porém suficiente para garantir os três pontos.
Independentemente do resultado, a partida tem peso psicológico enorme. Uma vitória para o Villa pode ser o ponto de virada que interrompe a sequência de derrotas na liga e devolve confiança ao grupo. Para o Bologna, evitar a derrota seria já um alívio e poderia servir de trampolim para melhorar o início na Serie A. O duelo, portanto, transcende o placar: trata‑se de provar que ambos os projetos ainda têm solução na difícil jornada europeia da temporada 2025‑2026.
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