Quando Charles Oliveira, lutador brasileiro veterano do UFC, analisou a hipotética luta entre Alex "Poatan" Pereira e Jon Jones, sua resposta foi clara: seria uma superfight assustadora, mas sua torcida iria, sem dúvidas, para o compatriota.
Contexto que levou ao debate
O papo ganhou força logo após a vitória de Pereira no UFC 320T‑Mobile Arena, Las Vegas, EUA. No sashimi da noite de 6 de outubro de 2025, o brasileiro acabou de bater Jiri Prochazka e recuperou o cinturão dos meio‑pesados.
Enquanto isso, o presidente da organização, Dana White, começou a circular a ideia de um confronto direto entre o campeão dos pesos pesados e o recém‑coroado dos meio‑pesados. Rumores de um evento especial "White House Card" começaram a aparecer em podcasts e nas redes.
O que Charles do Bronx disse
Em entrevista concedida a Adam Catterall, do programa "One On One" da UFC, gravada em 9 de outubro de 2025, Oliveira revelou seu ponto de vista: "Vou ficar na minha casa, sentado, torcendo pelo Brasil, pelo Poatan. Mas também vou ficar assustado vendo aquele gigante chamado Jones no octógono".
Ele ainda acrescentou que, para ele, a questão não é só técnica, mas sentimental: "É difícil escolher, mas meu coração bate mais forte por quem compartilha nossa cultura, nossa luta".
Por que a luta seria "assustadora"
Segundo o ex‑campeão dos meio‑pesados, Daniel Cormier, e o analista Chael Sonnen, discutidos no episódio "Good Guy/Bad Guy" de 7 de outubro, o estilo de Pereira mudou radicalmente desde sua primeira passagem por Prochazka. "Ele passou de contra‑ataque para avançar até o primeiro sino. Essa agressividade pode quebrar o ritmo de Jones", explicou Cormier.
Sonnen destacou a potência dos chutes de Pereira, herdada de sua passagem pelo kickboxing GLORY: "Um soco dele tem a mesma energia de um chute de 100 kg. Se Jones não respeitar essa distância, pode acabar com a mão".
Dimensões da possível disputa
Atualmente, Jon Jones luta pelos 265 lb (120 kg) no peso pesado, enquanto Pereira compete nos 205 lb (93 kg). Há duas possibilidades já debatidas:
- Jones defende o cinturão pesado, Pereira sobe de categoria.
- Ambos concordam em pequisar: o combate ocorre nos 205 lb, exigindo que Jones perca peso para enfrentar o brasileiro.
O último cenário foi o assunto principal de um vídeo no YouTube, "HOT TAKE: Alex Pereira vs. Jon Jones... at 205 lb!", publicado em 7 de outubro de 2025. O título gerou mais de 1,2 milhão de visualizações nas primeiras 24 horas.
Repercussão no Brasil
Para a comunidade MMA nacional, a opinião de Oliveira pesa muito. Ele representa a Astra Fight Team, academia de Guarujá, São Paulo, e acumula 33 vitórias e 9 derrotas até outubro de 2025.
Além de seu histórico, sua recente preparação para enfrentar o polonês Mateusz Gamrot no UFC Fight Night RioJeunesse Arena, Rio de Janeiro traz ainda mais atenção ao debate, já que Oliveira estará em plena forma competitiva.
Implicações para a UFC
Nas próximas semanas, o calendário da UFC está apertado. Enquanto Islam Makhachev e Arman Tsarukyan disputam o cinturão dos leves em Abu Dhabi (26 de outubro de 2025), a organização pode usar a "vacância" de grandes nomes para acelerar a negociação da luta Pereira‑Jones.
Se o combate acontecer, ele provavelmente será marcado como um evento de pay‑per‑view recorde. Dados de 2024 mostram que a UFC 294 (Cruz vs. Oliveira) arrecadou US$ 155 milhões. A expectativa é que uma batalha entre dois ícones brasileiros‑americanos ultrapasse esses números.
O que dizem os especialistas
O jornalista Helena Varandas, da Super Lutas, analisou que a "saudade do organismo" de Jones pode ser um ponto vulnerável. "Ele já está no fim da carreira, já mostrou sinais de desgaste nas últimas lutas. Pereira, com sua potência de kickboxing, poderia pressionar e causar um estrago".
Por outro lado, ex‑campeão Stipe Miocic acredita que a experiência de Jones em lidar com o octógono supera qualquer déficit físico: "Ele já enfrentou o melhor do mundo, e tem a inteligência de um xadrezista. Não vai ser fácil para o Poatan".
Próximos passos
A UFC ainda não confirmou data ou local, mas segundo fontes próximas ao presidente Dana White, há conversas avançadas para um evento em Washington, D.C., possivelmente no Palácio da Casa Branca, algo nunca antes feito no MMA.
Enquanto isso, Charles Oliveira continuará sua preparação para o duelo contra Gamrot, mantendo o foco em sua própria carreira. Mas ele garantiu que, se o "superfight" acontecer, vai estar na plateia, vibração alta, torcendo por "Poatan".
Perguntas Frequentes
Qual a chance real de acontecer a luta entre Alex Pereira e Jon Jones?
De acordo com o presidente da UFC, Dana White, a partida está nos "últimos estágios" de negociação. A principal barreira é o peso: se Jones aceitar descer para 205 lb, a luta pode ser marcada ainda neste semestre.
Como Charles Oliveira justifica sua preferência por Pereira?
Oliveira destaca o vínculo cultural e a origem brasileira de Pereira, além de reconhecer que a potência de kickboxing dele pode ser decisiva contra o estilo mais versátil de Jones.
Qual seria o impacto financeiro de um combate entre os dois?
Especialistas projetam que o pay‑per‑view ultrapassaria US$ 200 milhões, superando a marca de US$ 155 milhões da UFC 294. Patrocinadores globais e o mercado de merchandising também seriam impulsionados.
Existe risco de lesão para Jones ao descer de peso?
Sim. Historicamente, atletas que perdem grande quantidade de massa corporal em curto prazo têm maior propensão a fadiga e a problemas renais. O médico da UFC ainda não deu aval definitivo.
Quando Charles Oliveira enfrenta Mateusz Gamrot?
A luta está marcada para 12 de outubro de 2025, no Jeunesse Arena, Rio de Janeiro, como parte do UFC Fight Night Rio.
Janaína Galvão
outubro 11, 2025 AT 21:45É óbvio que a UFC está manipulando tudo!!! Não é coincidência que esse “superfight” apareça agora, quando as apostas estão altas e os patrocinadores querem mais dinheiro!!! Eles já têm um script secreto, com cláusulas invisíveis que garantem que Jones nunca vá perder. Se você olhar os números de view, percebe que a organização adora criar hype artificial!!! Não se engane, é tudo teatro para encher os cofres.
Pedro Grossi
outubro 16, 2025 AT 05:20Olha, cara, é como se o Brasil tivesse duas feras no octógono. O Poatan traz aquele chute devastador que a gente já viu no GLORY, enquanto o Jones tem a experiência de um xadrezista do MMA. Se o Jones aceitar perder peso, vai ter que lidar com a energia brasileira que não tem igual. A gente torce pro nosso, mas respeita o legado do americano também. Não é exagero, é só caza.
sathira silva
outubro 20, 2025 AT 12:55É impossível não sentir o caldeirão fervendo quando imaginamos esse embate! O Poatan, com o fogo do kickboxing, contra o titã que já derrubou todo mundo. A plateia vai tremer, as luzes vão piscar, e os corações vão disparar como nunca antes visto na história do MMA. Essa luta será o épico que vai passar de geração em geração!
yara qhtani
outubro 24, 2025 AT 20:30Do ponto de vista tático, a mudança de estilo do Pereira para um ritmo mais agressivo altera a equação de controle de distância. A taxa de strikes por minuto (SPD) dele agora supera a média histórica de Jones, que depende de sua eficiência de grappling para neutralizar o alcance. Se o Jones não adaptar sua postura de guarda alta, corre risco de sofrer cumulative damage significativo.
Luciano Silveira
outubro 29, 2025 AT 04:04Galera, essa batalha vai ser demais!!! 🙌 Não tem como não ficar animado com a possibilidade de ver o Brasil e os EUA colidirem no octógono. Se acontecer, vai ser um PPV histórico, com tudo incluído: muita ação, emoção e, claro, aquele clima de festa que a gente adora! 😎
Carolinne Reis
novembro 2, 2025 AT 11:39Claro que a UFC só quer vender o sonho americano e empurrar o Jones como se fosse invencível. Enquanto isso, o Poatan vai mostrar que brasileiro não precisa de “diplomacia” pra destruir um ícone estrangeiro. Vai ser o fim da era de “herói” branco, e o início da revolução verde e amarela no MMA.
Workshop Factor
novembro 6, 2025 AT 19:14Ao analisar a situação atual, percebe‑se que a negociação entre a UFC e os representantes de Jon Jones envolve mais do que simples questões de peso. Primeiro, existe um histórico de lesões que afetam a performance de atletas que tentam cortar massa rapidamente, o que pode comprometer a segurança de ambos os competidores. Segundo, a expectativa de público é gigantesca, pois combinam dois estilos que raramente se confrontam diretamente: o striking puro do Pereira e o grappling versátil de Jones. Além disso, a logística de um evento em Washington, D.C., acrescenta camadas de complexidade regulatória que a organização precisa gerenciar com precisão. Não podemos ignorar o fator econômico, já que o PPV projetado ultrapassa os US$ 200 milhões, o que pressiona a comissão atlética a garantir que tudo esteja dentro das normas. O treinamento de Jones tem focado recentemente em adaptação de peso, incluindo dietas de restrição hídrica que podem reduzir sua capacidade de resistência cardiovascular. Enquanto isso, Pereira tem trabalhado no aumento de seu volume de trabalho cardio, visando sustentar o ritmo acelerado que demonstrou nas últimas lutas. O aspecto psicológico também não pode ser subestimado: a confiança de um atleta que está defendendo um cinturão mundial pode ser abalada ao enfrentar um oponente que tem a vantagem de terrores de bastidores. Por outro lado, o “home advantage” do público brasileiro pode inflar a moral de Pereira, oferecendo-lhe um impulso extra nos momentos críticos da luta. Ainda que a mídia destaque a “superfight”, os árbitros terão a tarefa de aplicar as regras de forma impecável, já que pequenos deslizes podem mudar o rumo da disputa. Em termos de estratégia, Jones pode optar por levar a luta ao chão, aproveitando seu histórico de finalizações rápidas, enquanto Pereira buscará manter a luta em pé para maximizar o poder de seus chutes. A dinâmica de troca de golpes pode resultar em um ritmo de combate que excede a média de 3 rounds, demandando um condicionamento físico extraordinário de ambos. Em resumo, o cenário contempla múltiplas variáveis que podem influenciar o resultado final, tornando a luta uma verdadeira incógnita para analistas e fãs. Por fim, independentemente de quem saia vencedor, o combate tem o potencial de redefinir padrões de negociação de peso e de exposição global no MMA.
Camila Medeiros
novembro 11, 2025 AT 02:48É interessante observar como o preparo de ambos os atletas poderia ser um fator decisivo. O Poatan tem enfatizado a resistência, ao passo que Jones parece focado na técnica. Cada um traz um conjunto de habilidades que podem se contrabalançar no octógono.
Marcus Rodriguez
novembro 15, 2025 AT 10:23Isso vai ser épico.
Reporter Edna Santos
novembro 19, 2025 AT 17:58Para quem acompanha o cenário, vale notar que a taxa de conversão de chutes do Pereira nos últimos três eventos ficou em torno de 45 %, enquanto Jones mantém um índice de 38 % de finalizações por tentativa. 📊 Essa diferença pode ser crucial se a luta acontecer nos 205 lb, pois o ritmo será mais intenso. Também é importante ficar de olho nas declarações da comissão atlética de DC, que já sinalizou a necessidade de exames hormonais rigorosos. 🔍