Colisão entre ônibus e caminhão na BR-163 em Mato Grosso deixa 11 mortos e dezenas de feridos

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11 ago
Colisão entre ônibus e caminhão na BR-163 em Mato Grosso deixa 11 mortos e dezenas de feridos

Tragédia na madrugada: colisão deixa mortos e feridos na BR-163

Na noite da sexta-feira, 8 de agosto de 2025, a rotina pesada da BR-163 foi interrompida por uma cena de horror. Um ônibus da empresa Rio Novo, vindo do Paraná e com destino a Sinop, bateu de frente com um caminhão bitrem no km 648, perto da comunidade São Cristóvão, em Lucas do Rio Verde, distante cerca de 360 km de Cuiabá. O saldo foi desolador: 11 mortes confirmadas e 46 pessoas feridas, número que impressiona até mesmo quem está acostumado com a movimentação arriscada da região.

Logo após o impacto, equipes da Nova Rota do Oeste, concessionária responsável pelo trecho, junto com bombeiros, ambulâncias do Samu e policiais rodoviários, foram acionadas. Várias faixas foram interditadas enquanto o socorro era prestado. Dos feridos, 26 estavam em estado moderado, 12 em situação grave – entre eles, o motorista do caminhão – e outros 8 sofreram apenas escoriações leves. Vários veículos de resgate fizeram o transporte imediato para hospitais de Lucas do Rio Verde e municípios próximos.

BR-163: escoamento de riqueza e histórico de acidentes críticos

Quem passa regularmente pela BR-163 sabe que o tráfego não dá trégua. Essa rodovia é peça-chave para exportação de grãos e outras riquezas do agronegócio mato-grossense, mas, ao mesmo tempo, é palco de acidentes recorrentes. O intenso fluxo de caminhões, misturado a ônibus de viagem e veículos pequenos, torna qualquer descuido potencialmente fatal.

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o que teria causado a tragédia. Falou-se em problemas de visibilidade noturna e até possibilidade de ultrapassagem indevida, mas nada foi confirmado até o momento. O local tem histórico de acidentes parecidos, o que levanta debates sobre a necessidade de melhorias no traçado, sinalização e fiscalização da rodovia.

A empresa Rio Novo emitiu nota lamentando profundamente o acidente, informando que equipes especializadas estão acompanhando sobreviventes e apoiando famílias das vítimas. Já a concessionária Nova Rota do Oeste, que fez o atendimento inicial junto com as equipes de socorro, reforçou o compromisso com a investigação e disse que repassou informações detalhadas para as autoridades competentes.

O episódio reacende o debate sobre segurança nas principais vias de transporte do agro brasileiro. A BR-163, mesmo em pleno século 21, ainda cobra caro pela mistura de pista insuficiente, excesso de veículos pesados e manutenção nem sempre regular. O trauma da noite de 8 de agosto ainda pesa sobre quem depende da estrada para viver e trabalhar.

9 Comentários

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    Bruna Bom

    agosto 12, 2025 AT 00:55
    Essa rodovia é um caos organizado. Já vi caminhões passando em faixas proibidas, ônibus com excesso de passageiros e ninguém faz nada. É só questão de tempo até alguém morrer. E agora morreram 11.
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    Lilian Silva

    agosto 13, 2025 AT 11:27
    A gente se acostuma com o sofrimento, mas não deveria. Cada vida perdida aqui é um pedaço do nosso país que some. Não é só estrada, é gente. Gente que trabalha, que sonha, que tem filho esperando em casa. E a gente continua ignorando porque é mais fácil.
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    Marlos Henrique

    agosto 13, 2025 AT 20:58
    kkk mais um acidente na BR-163... se o governo não fizer nada, vai continuar sendo assim. Pior é que o motorista do caminhão tá vivo? isso é uma piada. A gente quer justiça, não favores!
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    Camilla araujo

    agosto 15, 2025 AT 11:14
    mais um massacre na estrada e ninguém faz nada sério... isso é normal agora? 😭
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    Gustavo Domingues

    agosto 16, 2025 AT 01:01
    A lógica é simples: BR-163 é um corredor logístico de alta intensidade, e a infraestrutura não acompanhou a escala da produção. A falha não é do motorista, é do modelo de desenvolvimento que prioriza o escoamento da produção sobre a vida humana. É um sistema que opera no limite da catástrofe estrutural - e agora, o custo foi cobrado em corpos.
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    Breno Pires

    agosto 17, 2025 AT 12:31
    Se tivesse sido um ônibus da China ou da UE, já tinham mandado tropa. Mas é o Brasil, então tá tudo bem morrer no interior. Eles não veem isso como tragédia, veem como 'custo operacional'. O governo prefere exportar soja a salvar vidas.
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    Duda Carlini

    agosto 19, 2025 AT 02:56
    Sei que é difícil, mas vamos nos unir para pedir melhorias nessa rodovia. Ninguém merece perder a vida por causa de um trecho mal conservado. Vamos pressionar os nossos representantes com responsabilidade.
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    Jurandir Rezende

    agosto 20, 2025 AT 01:34
    A tragédia não é o acidente. A tragédia é que esse acidente era previsível. E previsível não é sinônimo de inevitável. É sinônimo de negligência. E negligência, em escala sistêmica, é violência institucional.
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    Sabino Hampshire

    agosto 21, 2025 AT 02:47
    A BR-163... essa estrada é como um rio de metal e poeira, onde o tempo parece parar entre os km 600 e 700 - só que aqui, o tempo não para, ele se esvai em gritos, em sangue, em silêncios que nunca mais voltam. É a mesma estrada que leva o milho da fazenda até o porto, mas também leva os sonhos das famílias que nunca mais vão ver o pai voltar. E ninguém fala disso. Só falam do número de mortos, como se fosse um dado estatístico, e não um filho, um marido, um irmão. A gente precisa parar de ver essa rodovia como um caminho de riqueza... e começar a ver como um caminho de dor. E a dor, não se esquece. Ela só se acalma... até o próximo acidente.

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