Jogador Iraquiano de Futebol que Marcou Contra a Argentina Foge do País por Ameaças do Estado Islâmico

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28 jul
Jogador Iraquiano de Futebol que Marcou Contra a Argentina Foge do País por Ameaças do Estado Islâmico

Ameaças Extremistas a Atletas: O Caso de Rebin Sulaka

O futebolista iraquiano Rebin Sulaka viveu momentos de glória e terror em um espaço de tempo muito curto. Aos 23 anos, ele marcou o gol decisivo na vitória do Iraque sobre a poderosa seleção da Argentina durante os Jogos Olímpicos de 2024. Era para ser um momento de celebração e orgulho nacional, mas em vez disso, Sulaka se viu obrigado a fugir de seu país natal.

A partida, realizada no dia 26 de julho, culminou com um placar de 2 a 1 a favor do Iraque. Sulaka, um jogador curdo de Erbil, já era um destaque no esporte, mas seu mais recente feito o colocou no radar do Estado Islâmico (ISIS). Logo após o jogo, ele começou a receber ameaças de morte do grupo extremista, que também mirou sua família. O clima de tensão obrigou Sulaka a deixar o país imediatamente.

Perseguição por Etnia e Representação

Não é a primeira vez que Rebin Sulaka enfrenta ameaças desse tipo. Pelo fato de ser curdo e representar o Iraque em competições internacionais, ele já havia sido alvo de intimidações do ISIS. A presença de atletas curdos em seleções nacionais iraquianas é frequentemente usada como pretexto pelos extremistas para ameaçar e disseminar violência.

O que torna o caso de Sulaka ainda mais alarmante é o contexto em que essas ameaças ocorrem. A violência e a perseguição não são discursos vazios; frequentemente resultam em ataques físicos e situações de perigo real para os atletas e suas famílias. Em cenário de conflito constante, a presença de grupos extremistas amplifica o risco e a insegurança para todos os envolvidos.

Fuga e Busca por Asilo

De acordo com informações preliminares, Rebin Sulaka está tentando buscar asilo em um país europeu, cujo nome e localização exata permanecem não revelados por razões de segurança. Esta nova fase de sua vida traz muitos desafios, uma vez que ele deve adaptar-se a um novo ambiente, possivelmente afastado dos campos de futebol que tanto ama e onde construiu sua carreira.

O incidente envolvendo Sulaka lança luz sobre uma questão mais ampla: a segurança dos atletas que vêm de regiões em conflito. Enquanto o esporte tem o potencial de unir nações e trazer paz, também pode ser uma plataforma que os extremistas usam para propagar medo e violência. A história de Sulaka é um lembrete sombrio dessas realidades.

Violência Contra Atletas

Infelizmente, casos de violência contra atletas não são um fenômeno isolado em regiões assoladas por conflitos. Outros atletas de países como a Síria, o Sudão e o Afeganistão também enfrentaram situações semelhantes, onde o perigo de exercer suas paixões esportivas é real e palpável.

As autoridades internacionais e os órgãos esportivos precisam estar atentos e oferecer o apoio necessário para garantir a segurança desses indivíduos. O esporte deve ser, acima de tudo, uma celebração da habilidade humana e da competição saudável, não uma arena para ameaças e violência.

Ecossistema de Apoio e Medidas Necessárias

É fundamental que organizações como o Comitê Olímpico Internacional, as federações esportivas nacionais e outros órgãos de governança esportiva ofereçam um ecossistema de suporte sólido para atletas em risco. Medidas de proteção, suporte psicológico e assistência legal devem estar prontamente disponíveis.

Além disso, existem iniciativas de grupos de direitos humanos e ONGs que trabalham para proteger atletas em situações vulneráveis. Elas podem desempenhar um papel crucial ao proporcionar refúgio seguro e novos começos para aqueles que foram forçados a fugir de casa.

Papel dos Países Anfitriões

Papel dos Países Anfitriões

A responsabilidade também recai sobre os países que acolhem esses atletas. Políticas de asilo humanitário devem ser robustas e rápidas, minimizando o tempo de espera e o estresse dos refugiados. Estes jogadores podem contribuir significativamente para suas novas comunidades, tanto no esporte quanto em outros aspectos da vida.

Muitos atletas refugiados acabam servindo como embaixadores involuntários para os seus países de origem, destacando tanto os problemas quanto as vitórias de suas terras natais. Sulaka, por exemplo, se tornou um símbolo de resistência e perseverança, usando seu talento e determinação para superar desafios inacreditáveis.

Conclusão

O caso de Rebin Sulaka é um lembrete comovente das dificuldades que muitos atletas enfrentam ao representar seus países em arenas internacionais. Em meio aos louros da vitória, eles frequentemente enfrentam graves ameaças à sua segurança pessoal e à de suas famílias. A comunidade internacional deve intensificar seus esforços para proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para esses jogadores, que continuam a inspirar o mundo com suas histórias de coragem e resiliência.

A jornada de Sulaka é uma história de bravura contra adversidades extremas. É também um apelo à ação para garantir que o esporte permaneça uma plataforma de união e celebração, livre das sombras da violência e do medo.

12 Comentários

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    Bruno Góes

    julho 29, 2024 AT 09:37
    Isso é triste, mas não surpreende. Quando você é curdo e joga pelo Iraque, você tá entre dois fogo. O Estado Islâmico odeia quem representa o país, mas os nacionalistas também não te aceitam plenamente. Futebol é política disfarçada de esporte.
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    Camarão Brasílis

    julho 29, 2024 AT 18:16
    kkk
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    Laís Alves

    julho 31, 2024 AT 02:43
    Então o esporte tá virando um campo de batalha ideológico? Tá, mas pelo menos ele fez o gol. Enquanto uns gritam por bandeiras, ele fez o que o mundo todo entende: chutar a bola no lugar certo.
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    Rogerio Costa da silva

    agosto 1, 2024 AT 00:40
    Pessoal, isso aqui é um alerta global. Atletas de regiões em conflito não são só jogadores, são símbolos de resistência. Se o COI não criar um programa de proteção urgente com refúgio garantido, estamos falando de genocídio esportivo. Eles não pedem para ser heróis, só querem jogar em paz. E aí? O que o mundo tá fazendo? Nada. Mais uma vez, o esporte é usado pra ganhar medalhas, mas não pra salvar vidas.
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    Gustavo Domingues

    agosto 2, 2024 AT 00:16
    Se ele é curdo, por que joga pelo Iraque? Isso é traição. O Iraque é árabe, não curdo. Se ele quer representar algo, que represente a Kurdistan. Não adianta fingir que é nacionalista e depois ser perseguido por ser o que realmente é. Essa é a hipocrisia do multiculturalismo moderno.
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    Moshe Litenatsky

    agosto 2, 2024 AT 01:03
    Acho que o problema não é o Estado Islâmico. É o sistema. O esporte global é uma máquina de exploração. Eles usam o atleta pra gerar engajamento, depois o abandonam quando ele vira um problema. Sulaka não fugiu por medo do ISIS... ele fugiu porque o mundo não quer saber de quem ele realmente é. Ele é um produto descartável.
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    Lilian Silva

    agosto 2, 2024 AT 04:26
    Ninguém merece ser ameaçado por fazer o que ama. Se o futebol é o esporte mais humano do mundo, então ele tem que ser um abrigo, não um alvo. A gente precisa de mais ONGs, mais políticas públicas, mais gente falando. Não é só sobre ele. É sobre todos os atletas que crescem com medo de serem bons demais. Ele não é só um jogador. Ele é um sinal de que ainda tem esperança, mesmo em meio ao caos.
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    Marlos Henrique

    agosto 3, 2024 AT 23:21
    Se ele tivesse feito o gol pro Brasil, ninguém botaria a culpa no ISIS. Mas como é Iraque? Ah, então é problema deles. Essa é a verdadeira violência: a indiferença disfarçada de compaixão. 🙃
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    Anderson da silva

    agosto 5, 2024 AT 05:58
    A falácia do esporte como ferramenta de paz é um mito construído por instituições ocidentais que ignoram a realidade geopolítica. A identidade étnica não é um acessório estético para ser usado em competições internacionais. O fato de Sulaka ser curdo e jogar pelo Iraque é uma contradição ontológica. O ISIS não está errado em perceber isso. O erro está na construção do Estado nacional iraquiano como entidade homogênea. A solução não é asilo. É desconstrução do conceito de nação.
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    Bruna Bom

    agosto 5, 2024 AT 08:53
    Espero que ele encontre segurança. Não é justo que alguém tenha que escolher entre sua carreira e sua vida.
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    Breno Pires

    agosto 5, 2024 AT 19:58
    Se o ISIS tá ameaçando, é porque ele é traidor. Quem joga contra a Argentina e vence? É um herói. Mas quem joga pelo Iraque e é curdo? É um traidor da nação árabe. Essa é a verdade. O mundo ocidental só apoia quem serve aos seus interesses. Ele tá fugindo porque foi exposto. E agora querem nos fazer acreditar que é vítima? Nada disso. É política.
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    marcio pachola

    agosto 7, 2024 AT 01:05
    vai tomar no cu o isis

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