
Derby brasileiro agita as oitavas de final da Libertadores 2025
Na segunda‑feira passada, a sede da CONMEBOL em Luque, Paraguai, recebeu a cerimônia oficial do sorteio das oitavas de final da Libertadores 2025. O momento mais comentado foi o encontro de duplo brasileiro: Flamengo x Internacional. O Internacional saiu com a vantagem de jogar o segundo jogo em casa, no estádio Beira‑Rio, o que pode influenciar bastante a estratégia das duas equipes.
O Brasil entrou nesta fase com força total, contabilizando seis representantes. Além do duelo carioca‑gaúcho, os demais clubes brasileiros receberam seus adversários da seguinte forma:
- Palmeiras x Universitario (Peru)
- São Paulo x Atlético Nacional (Colômbia)
- Botafogo x LDU (Equador)
- Fortaleza x Vélez Sarsfield (Argentina)
O critério adotado pela CONMEBOL dividiu as equipes em dois potes. O Primeiro Pote agrupou os vencedores de grupo – que garantiram o mando de campo no segundo jogo. No Segundo Pote ficaram os vice‑campeões, responsáveis por receber o primeiro confronto em casa.
No caso brasileiro, Palmeiras e São Paulo foram classificados como líderes de suas chaves e, portanto, foram tirados do Primeiro Pote. Flamengo, Internacional, Botafogo e Fortaleza, como segundos colocados, foram sorteados a partir do Segundo Pote.

Calendário, caminhos até a final e a presença de outros países
O conjunto completo de confrontos nas oitavas ficou assim:
- São Paulo x Atlético Nacional
- Vélez Sarsfield x Fortaleza
- Internacional x Flamengo
- Palmeiras x Universitario
- River Plate x Libertad
- Estudiantes x Cerro Porteño
- Peñarol x Racing
- Botafogo x LDU
Além dos seis clubes brasileiros, a fase elimina‑tória contará com quatro representantes da Argentina (River Plate, Estudiantes, Racing e Vélez Sarsfield), dois da Paraguai (Libertad e Cerro Porteño), e um de cada um dos seguintes países: Peru (Universitario), Equador (LDU), Colômbia (Atlético Nacional) e Uruguai (Peñarol). Essa diversidade garante confrontos inter‑continentais que costumam gerar surpresas.
As partidas de ida serão disputadas entre 12 e 14 de agosto, logo após o encerramento da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que acontecerá nos Estados Unidos. A volta está programada para a semana seguinte, de 19 a 21 de agosto. O espaçamento foi pensado para evitar sobreposições com o novo formato ampliado da Club World Cup.
O caminho até a final ainda é incerto, mas o regulamento já desenhou o quadro de confrontos futuros. Os vencedores da partida 1 (São Paulo/Atlético Nacional) enfrentarão os da partida 8 (Botafogo/LDU) nas quartas. Enquanto isso, o vencedor entre Flamengo e Internacional pode cruzar com o vencedor de River Plate x Libertad nas semifinais, caso ambos avancem.
A grande expectativa está voltada para o grande palco da decisão: a final da Libertadores 2025 já tem data – 29 de novembro – e cidade – Lima, Peru. A CONMEBOL ainda não definiu o estádio, mas os candidatos principais são o Monumental U e o Estadio Nacional, dois locais que já receberam jogos importantes da competição.
Vale lembrar que o mesmo sorteio também tratou das oitavas da CONMEBOL Sudamericana, fechando o panorama dos confrontos eliminatórios nos dois maiores torneios de clubes da América do Sul. O procedimento seguiu a tradição da entidade, permitindo duelos entre equipes do mesmo país e sem restrições geográficas durante a fase de sorteio.
Com o calendário já estabelecido, torcedores, jornalistas e autoridades já começam a analisar as possíveis estratégias. Para o Flamengo, que vem de uma campanha sólida na fase de grupos, enfrentar um Internacional que ainda não revelou todo o seu potencial em casa pode ser um teste de nervos. Já o Palmeiras, que encara um Universitario peruano, tem a oportunidade de consolidar sua trajetória rumo ao título, seguindo o modelo de sucesso dos últimos anos.
Do ponto de vista financeiro, a Libertadores continua sendo um dos principais vetores de receita para os clubes sul‑americanos. Cada fase avançada traz prêmios em dinheiro que ajudam a equilibrar os orçamentos, sobretudo em tempos de crise econômica global. A presença de seis clubes brasileiros também significa maior visibilidade para o futebol nacional, algo que as equipes pretendem transformar em investimento em contratações e em infraestrutura.
Para os demais participantes, a chance de enfrentar clubes brasileiros – tradicionalmente fortes na competição – pode representar um impulso de moral e uma vitrine para jogadores que buscam chamar atenção de olheiros europeus. Times como Atlético Nacional e LDU já contavam com talentos emergentes que podem brilhar sob os holofotes da Libertadores.
Fique de olho nas próximas semanas, pois as análises táticas, as notícias de lesões e as possíveis mudanças de treinadores podem alterar drasticamente o cenário antes mesmo do apito inicial da partida de ida.
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