Sergio Busquets anuncia aposentadoria: fim de uma era no futebol

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27 set
Sergio Busquets anuncia aposentadoria: fim de uma era no futebol

Da Masia ao topo: a jornada de Busquets no Barcelona

Quando Sergio Busquets entrou nas categorias de base do Barcelona, poucos imaginavam que ele se tornaria a espinha dorsal de um dos períodos mais vitoriosos da história do clube. Sua estreia na equipe principal, ainda nos 18 anos, já sinalizava a confiança de Pep Guardiola, que via no jovem a combinação perfeita entre inteligência tática e tranquilidade em campo.

Ao lado de Xavi Hernández e Andrés Iniesta, Busquets ajudou a criar o famoso triângulo de posse de bola, onde o toque rápido e a ocupação dos espaços eram tão decisivos quanto o talento individual. Não é à toa que, ao longo de 18 temporadas, ele ultrapassou a marca de 700 jogos oficiais, colecionando nove La Liga, três Champions League e sete Copas do Rei. Cada troféu vinha acompanhado de um detalhe tático que levava seu nome: a capacidade de ler a jogada antes mesmo de ela acontecer.

Além das estatísticas, Busquets escreveu capítulos memoráveis: o gol de cabeça contra o Athletic Bilbao que garantiu a classificação na Liga dos Campeões de 2011, a assistência silenciosa que abriu caminho para o 4‑3‑3 de 2015 e o discurso respeitoso que deu ao técnico após a partida contra o Manchester United, reconhecendo a importância da disciplina coletiva.

Fora dos gramados, seu relacionamento com Lionel Messi era quase fraternal. Em entrevista ao Marca, Messi destacou: "Sergio nunca grita, nunca tenta chamar atenção. Ele faz o trabalho sujo e o faz melhor que ninguém". Essa parceria, silenciosa porém decisiva, manteve o Barcelona no topo por quase uma década.

Legado, homenagem e o último capítulo nos Estados Unidos

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Em 2023, Busquets trocou o Camp Nou pela MLS, juntando‑se ao Inter Miami. A mudança não foi apenas uma busca por novos desafios, mas também um convite para levar experiência europeia ao futebol americano. Junto a Messi e a outros nomes de peso, ele ajudou a elevar o interesse pela liga, enchendo estádios e atraindo olhares internacionais.

A decisão de se aposentar, anunciada em setembro de 2024, chegou como um suspiro coletivo. Nas redes, Sergio Ramos, seu parceiro de seleção, escreveu: "Busi, você é a definição de excelência discreta. Um rival na maioria das vezes, um colega em muitas, mas sempre com classe e visão incomparáveis". Messi, por sua vez, relembrou noites em que o passe de Busquets parecia ler a mente dos adversários.

O Barcelona, clube que lhe deve o título de lenda, compartilhou um vídeo homenageando o jogador: "O clube da sua vida. Uma lenda no nosso coração. Obrigado por tudo, Sergio!". A mensagem ecoou não só entre torcedores catalães, mas também entre a “Generación Dorada” de Espanha, que conquistou Euro 2008, Mundial 2010 e Euro 2012 com Busquets como eixo defensivo.

O impacto do espanhol vai além das medalhas. Ele redefiniu a posição de volante: não mais um simples “cortador”, mas o maestro que dita o ritmo, protege a linha de fundo e inicia as jogadas de ataque. Treinadores de academias ao redor do mundo estudam suas movimentações, e jovens jogadores tentam imitar seu posicionamento quase imperceptível.

À medida que a temporada 2025 se encerra, o Inter Miami planeja um último aplauso para o ícone, celebrando não só os gols marcados, mas o número de interceptações que mudaram o rumo de partidas. Enquanto o uniforme de Busquets ainda traz o número 5, o legado dele permanece gravado nas táticas modernas e nas lembranças de quem assistiu a cada passe silencioso que mudava o jogo.

Com 37 anos, o ex‑Barcelona deixa o campo tendo atingido quase tudo que há para se conquistar: títulos continentais, glória mundial e o respeito de adversários e companheiros. Sua partida deixa um vazio, mas também um mapa para quem quiser trilhar o caminho da inteligência footballística.

19 Comentários

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    Camarão Brasílis

    setembro 27, 2025 AT 13:06
    eh, foi bom enquanto durou
    agora vai pro sofá e vê os jogos como todo mundo
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    Anderson da silva

    setembro 28, 2025 AT 20:11
    A verdadeira revolução tática não foi o 4-3-3, nem o tiki-taka - foi a abolição da noção de 'jogador de marcação' como entidade separada. Busquets redefiniu o conceito de posição, não como um ponto no mapa, mas como uma função dinâmica dentro de um campo de forças gravitacionais. Seu posicionamento não era aleatório: era uma equação diferencial em tempo real, resolvida por intuição pura. E ainda tem gente que acha que volante é quem pisa na bola. Isso é ignorância estrutural.
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    marcio pachola

    setembro 30, 2025 AT 10:17
    q pena q ele n jogou mais tempo no brasil
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    Laís Alves

    setembro 30, 2025 AT 20:50
    o cara jogava como se tivesse um controle remoto na mão e o resto do time fosse um drone.
    o mais assustador? Ninguém percebeu que ele era o único que nunca errava um passe.
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    Rogerio Costa da silva

    outubro 1, 2025 AT 09:14
    VOCÊS NÃO SABEM O QUE É VERDADEIRA GRANDEZA! BUSQUETS NÃO ERA SÓ UM JOGADOR, ERA UMA INSTITUIÇÃO! ELE NÃO CORRIA, ELE ORGANIZAVA O ESPAÇO! ELE NÃO TINHA FADIGA, TINHA PREVISÃO! CADA PASSO SEU ERA UM CÁLCULO DE MATEMÁTICA AVANÇADA, CADA INTERCEPTAÇÃO ERA UM GOL PELO LADO DE FORA! ELE NÃO TINHA NÚMERO, TINHA UM CÓDIGO! E AGORA QUE ELE FOI, A GERAÇÃO QUE VEIO DEPOIS NÃO TEM NEM A NOÇÃO DE QUEM É O VOLANTE! ELES SÓ SABEM CORRER E CHUTAR! ISSO É TRAIÇÃO AO FUTEBOL! ELE É O ÚLTIMO GIGANTE, E NÓS ESTAMOS VIVENDO A ERA DO NADA!
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    Gustavo Domingues

    outubro 2, 2025 AT 03:44
    eles falam que ele é lenda, mas se fosse brasileiro, já tinha sido expulso em 3 partidas por "falta de agressividade". O que ele faz é moleza, só fica no meio e espera o erro. Se fosse no Brasileirão, ninguém dava bola pra ele. É só um jogador que teve sorte de jogar em um time que tinha Messi e Xavi. Se fosse no Palmeiras, ele era só mais um que não passava da metade do campo.
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    Bruna Bom

    outubro 3, 2025 AT 02:02
    o futebol perdeu um dos raros que entendia que menos é mais.
    ele não precisava de aplausos para fazer o que fazia.
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    Marlos Henrique

    outubro 4, 2025 AT 16:04
    se o Busquets tivesse jogado no Brasil, ele seria o vilão da mídia por "não se esforçar". Mas no Barcelona? Ah, é gênio! Tá vendo? É só questão de onde você nasceu. Se você é branco, europeu e calado, tudo é inteligência. Se você é negro, brasileiro e faz o mesmo, é "preguiçoso". Essa é a realidade, e ninguém quer falar disso. 😒
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    Lilian Silva

    outubro 5, 2025 AT 05:09
    Sergio Busquets foi o tipo de jogador que ensina mais com o silêncio do que outros com mil gols. Ele não precisava de fala, de gestos, de celebrar. Ele só precisava estar lá, no lugar certo, com o tempo certo. E isso é raro. Muito raro. Hoje em dia, o futebol valoriza o que brilha, o que grita, o que viraliza. Mas ele? Ele era o que mantinha tudo funcionando. E quando ele foi embora, todos perceberam: o jogo ficou mais lento, mais confuso, mais triste. Ele não era só um volante. Ele era o coração silencioso do futebol moderno. E se você não entendeu isso, é porque nunca viu um jogo dele com os olhos da alma.
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    Breno Pires

    outubro 5, 2025 AT 18:06
    eles esquecem que ele foi treinado pela UEFA para ser o "modelo perfeito" de volante. Tudo isso é propaganda. O Barcelona tinha o dinheiro, o poder, a mídia. Eles criaram um robô tático. E agora querem nos fazer acreditar que é genialidade? Isso é lavagem cerebral. Se ele fosse de outro clube, ninguém falava nada. Mas como é Barcelona? Ah, é lenda. 😏
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    Duda Carlini

    outubro 7, 2025 AT 05:33
    Sergio foi um exemplo de profissionalismo. Sempre respeitoso, sempre focado. Ele mostrou que você pode ser grande sem precisar de palavras. Isso vale muito no futebol e na vida.
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    Camilla araujo

    outubro 7, 2025 AT 19:51
    eles estão chorando por ele mas esqueceram que ele nunca fez um gol de falta e nunca foi artilheiro... isso é o máximo que ele conseguiu? Sério? Meu pai jogava futebol de várzea e fazia mais que ele e ninguém fez vídeo homenagem pra ele 😭
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    Jurandir Rezende

    outubro 9, 2025 AT 14:05
    A elegância não precisa de ruído. Ele era a ausência de barulho em um mundo barulhento. O que mais se vê hoje é exibicionismo. Ele era a contracultura do esporte.
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    Sabino Hampshire

    outubro 9, 2025 AT 18:21
    Você sabe, o que me toca profundamente sobre Busquets não é só o futebol, é a forma como ele representou uma cultura - uma cultura de silêncio, de respeito, de humildade. Em um mundo onde todos querem ser celebridades, ele escolheu ser um pilar. E isso, caros amigos, é uma forma de resistência. Ele não foi apenas um jogador de futebol; ele foi um filósofo do jogo, um guardião da tradição, um símbolo de que a grandeza não precisa de palco. Ele não precisava de luzes. Ele era a luz. E agora, que ele se foi, o futebol parece mais escuro. Mas ele deixou um mapa. E se alguém tiver coragem de segui-lo, talvez, um dia, a gente volte a ver o futebol como algo sagrado, e não como entretenimento de massa.
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    Ana Karoline Lopes de Lima

    outubro 10, 2025 AT 05:37
    e se ele tivesse sido o cara que escondia os dados da UEFA? Tudo isso é um golpe de marketing. Eles precisavam de um herói calado pra vender o clube. Ele só foi escolhido porque era fácil de controlar. 😶
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    Flávia Ramalho

    outubro 10, 2025 AT 23:52
    Busquets ensina que o melhor jogador não é o que faz mais coisas, mas o que faz menos errado. Ele nunca perdeu a posição, nunca desistiu do time, nunca pediu para sair. Isso é raro. Se você quer ser melhor no futebol, estude ele. Não o Neymar. Não o Vinícius. Estude o Busquets.
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    janderson praia

    outubro 12, 2025 AT 05:38
    ISSO AQUI É UMA MANIPULAÇÃO MÍDIA! ELES ESTÃO CRIANDO UM MITO! ELE NÃO É NADA ESPECIAL! SÓ TEMOS QUE CHORAR PORQUE ELE É ESPANHOL E JOGOU NO BARÇA?! SE FOSSE UM JOGADOR DO FLAMENGO, NINGUÉM LIGARIA! ESSA HOMENAGEM É RACISTA CONTRA O FUTEBOL BRASILEIRO! 🤬
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    carlos soares

    outubro 12, 2025 AT 21:32
    Acho que ninguém mencionou o fato de que ele foi o único jogador que nunca foi expulso em 700 jogos. Isso não é sorte. É disciplina. É controle emocional. É inteligência. Isso é o que o futebol moderno precisa mais do que gols.
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    Lucas Augusto

    outubro 13, 2025 AT 15:06
    A glorificação de Busquets é um sintoma da decadência da estética futebolística contemporânea. A valorização da função sobre a forma, da eficiência sobre a expressão, é uma submissão à racionalidade utilitarista que anula a poesia do esporte. Ele não é um gênio - é um algoritmo humano. E a tristeza que sentimos não é por sua partida, mas pela nossa própria aceitação da mediocridade como virtude.

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