
Romantismo Europeu: entenda o movimento que mudou a literatura
Se você já ouviu falar de poetas como Byron, Goethe ou Lamartine, provavelmente tá ligado ao Romantismo. Mas o que exatamente é esse movimento? Em linhas gerais, o Romantismo europeu surgiu no final do século XVIII e dominou o século XIX, trazendo uma nova forma de ver o mundo: mais emocional, subjetivo e ligado à natureza.
Origens e características do Romantismo
O Romantismo nasceu como reação ao Iluminismo e ao Classicismo, que valorizavam a razão, a ordem e as regras rígidas. Os românticos queriam libertar a imaginação, colocar o sentimento acima da lógica e celebrar o individualismo. Isso se refletiu em temas como o amor impossível, a melancolia, a exaltação da natureza selvagem e a busca pelo “eu” interior. Na prática, isso significa que as obras românticas são cheias de dramas pessoais, paisagens dramáticas e linguagem mais livre.
Principais autores e obras que marcaram o período
Na Inglaterra, Lord Byron revolucionou com sua figura de herói tormentado, enquanto Mary Shelley escreveu Frankenstein, um clássico que mistura romance e terror. Na Alemanha, Johann Wolfgang von Goethe entregou Os Sofrimentos do Jovem Werther, que virou referência para gerações de jovens apaixonados. Na França, Victor Hugo nos deu Os Miseráveis e O Corcunda de Notre‑Dame, duas obras que misturam crítica social e paixão. Cada país teve seu próprio talento, mas todos compartilhavam essa vibe de intensificar emoções.
Além da literatura, o Romantismo influenciou a música (Beethoven, Chopin), a pintura (Caspar David Friedrich) e até a filosofia (Schopenhauer). A ideia era que a arte deveria ser um reflexo direto dos sentimentos humanos, sem filtros. Por isso, muitas obras românticas ainda são estudadas nas escolas porque conseguem tocar o leitor de forma universal.
Hoje, o legado do Romantismo está presente em filmes, séries e até nas redes sociais, onde as pessoas compartilham citações melancólicas e imagens de paisagens impressionantes. Entender esse movimento ajuda a perceber como a cultura ocidental evoluiu e porque ainda valorizamos tanto a expressão individual.
Se você está curioso para ler mais, procure por títulos como Fausto de Goethe, Frankenstein de Shelley ou os poemas de Keats. Cada obra oferece uma porta de entrada para o mundo romântico: cheio de emoções intensas, questionamentos existenciais e uma busca constante por liberdade criativa.
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14 abr