Cirurgia nas costas: o que você precisa saber antes de decidir

Se a dor nas costas não melhora com fisioterapia, medicação ou exercícios, a cirurgia pode ser a última opção. Mas antes de marcar a operação, é importante entender o que realmente acontece, quais são os riscos e como se preparar para voltar ao dia a dia o mais rápido possível.

Quando a cirurgia nas costas é indicada?

Nem toda dor nas costas merece bisturi. Os médicos geralmente recomendam a cirurgia quando:

• Há compressão de nervos que causa fraqueza ou perda de sensibilidade.
• Um disco degenerado está esmagando a medula ou raízes nervosas.
• Fraturas na coluna não cicatrizam com tratamento conservador.
• A dor impede atividades simples como caminhar, levantar objetos ou dormir.

Antes de tudo, o especialista vai solicitar exames de imagem – raio‑X, tomografia ou ressonância – para confirmar a causa exata.

Principais tipos de cirurgia nas costas

Existem várias técnicas, cada uma para um problema específico. As mais comuns são:

• Discectomia: remoção parcial ou total de um disco danificado que pressiona o nervo.
• Laminectomia: retirada da lâmina vertebral para ampliar o canal espinhal e aliviar a pressão.
• Artrodese (fusão): união de duas ou mais vértebras para estabilizar a coluna.
• Artroscopia: procedimento menos invasivo, feito com câmera e instrumentos pequenos, ideal para lesões menores.

Hoje em dia, muitas dessas cirurgias são feitas com técnicas minimamente invasivas, o que reduz o tempo de internação e a dor pós‑operatória.

Como se preparar? Comece a seguir as recomendações do seu médico com antecedência. Pare de fumar, controle o diabetes, faça exercícios leves para fortalecer o core e ajuste a alimentação para garantir boas reservas de energia.

No dia da operação, siga as instruções de jejum e leve os documentos necessários. Leve alguém de confiança para te acompanhar até em casa, pois nos primeiros dias você ficará sonolento por causa da anestesia.

Recuperação prática

Os primeiros dias são críticos. Siga a prescrição de analgésicos e faça as fisioterapias conforme orientado. Levante-se devagar, evite dobrar a coluna e use cintas de suporte se indicado.

Voltar às atividades normais costuma levar de 4 a 12 semanas, dependendo do tipo de cirurgia e da sua resposta ao tratamento. Não force demais, aumente a carga progressivamente e mantenha um programa de exercícios de fortalecimento.

Se você notar febre, aumento da dor, vermelhidão no local da incisão ou formigamento novo, avise o médico imediatamente – pode ser sinal de infecção ou complicação.

Com cuidados adequados, a maioria das pessoas sente alívio significativo da dor e volta a fazer as coisas que gosta. Fique atento às orientações, confie na equipe médica e dê tempo ao seu corpo para se curar.