Taekwondo Paralímpico: tudo o que você precisa saber

Se você acompanha o esporte, já viu o taekwondo brilhar nas Olimpíadas. Mas o que muda quando a competição vai para o cenário paralímpico? A boa notícia é que o ritmo, a estratégia e a emoção permanecem, só que adaptados para atletas com diferentes tipos de deficiência. Vamos entender como funciona, como se classificar e quem são os nomes que estão fazendo história no Brasil.

Como funciona o taekwondo nas Paralimpíadas?

O taekwondo paralímpico tem duas modalidades principais: Kyorugi (combate) e Poomsae (formas). A maior parte das notícias se concentra no Kyorugi, que segue um formato parecido com o olímpico, mas com algumas regras de adaptação. Os lutadores são divididos em categorias de peso e, principalmente, em classes de deficiência visual (B1, B2, B3). Quem tem deficiência visual total compete no B1, enquanto B2 e B3 têm visão parcial, mas ainda assim usam equipamentos de proteção específicos.

Durante o combate, os atletas recebem pontos por chutes e socos corretos, assim como nas Olimpíadas. A diferença está nos recursos de segurança: por exemplo, os tatames são mais acolchoados e os árbitros ficam mais atentos aos sinais de desequilíbrio, já que a percepção espacial pode ser diferente.

Destaques brasileiros e próximos eventos

No Brasil, o taekwondo paralímpico tem ganhado força nos últimos anos. O nome mais reconhecido é Luís Eduardo Farias, que conquistou a prata nas Paralimpíadas de Tóquio 2020 e está treinando para Paris 2024. Outro atleta em ascensão é Ana Caroline Silva, que já venceu campeonatos sul‑americanos e tem grande potencial para subir ao pódio mundial.

Se você quer acompanhar de perto, marque na agenda: os Campeonatos Mundiais de Taekwondo Paralímpico ficam programados para setembro de 2025 em Seul, Coreia do Sul, e os Jogos Pan‑Americanos de 2026 terão a modalidade incluída pela primeira vez. Esses eventos são a principal porta de entrada para quem busca classificação para as Paralimpíadas.

Falando em classificação, o caminho oficial passa por participar de competições internacionais reconhecidas pela World Taekwondo (WT) e acumular pontos no ranking. Cada competição tem um peso diferente, então vale a pena focar nos torneios da América Latina que oferecem mais pontuação para atletas da região.

Além da parte competitiva, quem pensa em começar a treinar também precisa de alguns cuidados. Primeiro, procure um clube que tenha certificação WT e, de preferência, um treinador com experiência em modalidades paralímpicas. O equipamento básico inclui um dobok (uniforme), protetores de cabeça com viseira para atletas B1, capacete, colete e protetores de canela. O investimento em treinos de percepção espacial, como exercícios de orientação tátil, faz toda a diferença.

Se a sua meta é representar o Brasil, tenha em mente que a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) oferece bolsas e apoio logístico para atletas qualificados. Manter um registro detalhado dos seus resultados, exames médicos atualizados e a participação em cursos de atualização são requisitos frequentes.

Para quem só quer acompanhar, siga as redes sociais oficiais da CBTKD e da World Taekwondo. Elas divulgam calendários, resultados ao vivo e histórias inspiradoras que mostram como o taekwondo paralímpico está crescendo no país.

Em resumo, o taekwondo paralímpico combina técnica, disciplina e adaptação. Seja como atleta ou torcedor, há muitas oportunidades para se envolver, aprender e apoiar os nossos representantes nas próximas edições das Paralimpíadas. Aproveite as informações aqui, prepare seu treino ou sua torcida, e fique ligado nos próximos eventos. O futuro do taekwondo paralímpico brasileiro está só começando!